Adriana é filha de agricultores e suas vivencias na infância fizeram com que ela se apaixonasse pela arte de atuar. Tudo começou quando sua família ganhou uma televisão e ela ficava impressionada como os personagens das novelas prendiam a atenção de todos, no outro dia, familiares e vizinhos estavam no roçado comentando sobre o que iria acontecer no próximo capítulo. Na festa da conceição sua mãe a levava junto com seus irmãos para assistir à apresentação de Mamulengo onde seu avô era brincante, e era mágico ver bonecos de madeira dentro de uma caixinha conversando com as pessoas. Na primeira séria Adriana ia a pé do sítio para escola, mas valia a pena porque ela viajava nas histórias que sua professora contava e se imaginava como aqueles personagens.

Enquanto crescia, Adriana foi sentindo na pele a injustiça da desigualdade social e a forma como a sociedade tratava as mulheres e entendeu que precisava fazer algo para mudar. Ela transformou isso em luta se tornando uma liderança. Na escola era representante de sala, na igreja era catequista. Aos 17 anos entrou em um projeto social e conheceu o teatro de mobilização social, sua primeira personagem foi uma boneca de Mamulengo. Sua formação no projeto fez com que ela tivesse destaque no grupo de teatro, que oportunizou uma temporada de apresentações em grandes palcos de teatro de Pernambuco e conhecesse muitos estados do Brasil. No ano seguinte Adriana já era arte-educadora e dava formação de arte-educação para professores e artistas.

Adriana fez de suas vivencias, sensibilidade e senso de justiça uma importante ferramenta de luta para transformação social por meio da arte-educação com o teatro de mobilização social. Atualmente, a atriz, diretora e dramaturga já soma mais de 10 espetáculos dirigidos e roteirizados no sertão da Paraíba, zona da mata e sertão de Pernambuco, com foco em temáticas sociais com objetivo de sensibilizar a sociedade. É formada em Turismo e possui especialização em Pedagogia Social e Espaços não Escolares.